Nascida em 5 de agosto de 1933 na cidade de Alagoa Grande, a sindicalista Margarida Maria Alves foi brutalmente assassinada no dia 12 de agosto de 1983. Trabalhadora rural foi defensora dos direitos humanos no período em que esteve a frente do sindicato dos trabalhadores rurais de sua cidade.
Com a frase "É melhor morrer lutando do que morrer de fome", Margarida Maria Alves, foi responsável por diversas ações trabalhistas no Estado da Paraíba, tendo sido a primeira mulher a lutar pelos direitos trabalhistas em seu Estado durante a ditadura militar.
Entre diversas homenagens que recebeu postumamente, se destaca o Prêmio Pax Christi Internacional em 1988.
Todos os anos, no dia 12 de agosto, seus conterrâneos e de toda Paraíba, relembra com pesar a morte da sindicalista, que foi a precursora feminina na Paraíba na defesa dos direitos dos trabalhadores rurais, como terem direito a carteira assinada, férias, 13º salário e uma jornada de trabalho de oito horas.
Durante o período em que esteve á frente do sindicato, a militante foi contra os interesses dos proprietários das usinas de açúcar local, sendo a principal a "Usina Tanques".
Na época, o crime foi considerado político e comoveu não só os paraibanos, mas toda a opinião pública nacional e internacional, com ampla repercussão em organismo políticos de defesa dos direitos humanos.