Na Europa as Academias de Letras surgiram nos séculos XVII e XVIII, onde se dedicam até hoje, á literatura e ao culto da língua, ás artes, á história e ás ciências. As mais famosas são a Academia Francesa, de Paris e a Real Academia de Artes, de Londres.
No Brasil, a européia reflete-se em instituições como a Academia Brasileira de Letras, criada em 1897, com sede no Rio de Janeiro, que teve como seu primeiro presidente Machado de Assis que permaneceu no cargo até morrer.
Na Paraíba, em fins do século XIX, o movimento intelectual teve aspecto renovador, onde os sonhos daqueles precursores da literatura, levaram Coriolano de Medeiros a reunir um grupo formado por Mathias Freire, Horácio de Almeida, Luiz Pinto, Rocha Barreto, Álvaro de Carvalho, Veiga Júnior, Celso Mariz e Hortêncio Ribeiro, a se reuniram constituindo-se em autênticos fundadores da Academia.
Assim, na tarde do dia 14 de setembro de 1941, o prof. Coriolano de Medeiros concretizou o sonho de criar o que seria a "Casa do Pensamento da Paraíba". Pois era o único Estado da Federação que ainda não contava com uma entidade desse tipo, tendo a sua primeira reunião realizada na Biblioteca Pública do Estado.
Num breve discurso, Coriolano de Medeiros, declarou para os presentes, que a real intenção era fundar a Academia Paraibana de Letras, destinada a "perpetuar as tradições literárias da Paraíba".
Na oportunidade criou-se um emblema, idealizado pelo Côn. Mathias Freire e desenhado pelo Prof. Eduardo Stuckert; trazendo além do nome e da criação da APL, o desenho de um sol, simbolizando a inteligência e o talento dos que integram o sodalício. A expressão latina, também sugerida pelo Côn. Mathias Freire, "DECUS ETOPUS", que significa Estética e Trabalho, tornou-se lema da associação.
Entre os patronos de maior representatividade, estão: Augusto dos Anjos, Arruda Câmara, Cardoso Vieira, Diogo Velho, Irineu Joffily, Epitácio Pessoa, José Lins do Rego, Mello Leitão, Maciel Pinheiro, Pedro Américo, entre tantos outros.
Nos primeiros anos, os acadêmicos tiveram de enfrentar grande problemas financeiros. Por causa disso, reuniam-se, inicialmente, na Biblioteca Pública, onde se instalaram por mais de dois meses.
Tempos depois, foi-se adquirido através de compra, um velho casarão, localizado na Rua Duque de Caxias, na Capital, onde se encontra instalada até os dias de hoje. Se tornando o mais importante "centro de cultura" do Estado.
A APL é filiada á federação das Academias de Letras do Brasil, e reconhecida de utilidade pública, entidade de direito privado, sem fins lucrativos, reconhecido pela Lei Municipal nº 39 de 23.08.1948. Sua biblioteca esta registrada no Instituto Nacional do Livro (INL), com o nome de Biblioteca Álvaro de Carvalho.