Pocinhos
Localizado no Cariri paraibano, na Região Metropolitana de Esperança, o Município de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), possui uma área territorial de 630 Km quadrado, com uma altitude de 634, tendo um clima Semiárido, ficando a uma distância de aproximadamente 175 Km para a Capital do Estado João Pessoa.
É na região do município de Pocinhos que se formam as bacias hidrográficas: do Mamanguape, do Paraíba e do Seridó.
Pelo fato de existirem de vários poços de água na região, o povoada recebeu a denominação de pocinhos. Daí, seu surgimento deu-se em torno de um desses poços que ficava nas proximidades da capela.
Por volta do ano de 1815, o fazendeiro José Aires Pereira edificou a sede de sua fazenda bem próximo ao referido poço onde construiu uma Capela em homenagem a Nossa Senhora da Conceição.
Com o Decreto Diocesano datado de 8 de dezembro de 1908, que criava a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, desmembrada da de Campina Grande, o povoado começou a ganhar novas proporções tornando-se distrito desta, com a denominação de Pocinhos. Posteriormente, o Decreto Lei Estadual nº 520 de 31 de dezembro de 1943, modificou seu nome para Joffily, voltando para seu antigo nome tempos depois.
Em divisão administrativa datada em 1911, o distrito de Pocinhos figura no município de Campina Grande, assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 a 1937.
O distrito de Pocinho foi elevado á categoria de município com a denominação do mesmo nome, em 10 de dezembro de 1953, pela lei estadual nº 986, desmembrado de Campina Grande, sede no atual distrito de Pocinhos ex-Joffily.
Inicialmente a região foi ocupada pelos bravos índios Tarairiús, que destemidos, lutaram contra os portugueses que se apossaram de suas terras.
Em 1694, o Capitão Teodósio de Oliveira Ledo foi encarregado de eliminar os últimos índios Tarairiús, em consequência, requereu para si todas as terras fornecidas em sesmarias. Nas terras requeridas encontravam-se as que compõem o atual município de Pocinhos.
Tais fatos duraram até 1724, quando o Marquês de Pombal emitiu provisão que limitava as sesmarias a três léguas de largura por uma de comprimento. Assim, todos os outros milhares de hectares de terra, voltaram ás mãos da Coroa, entre elas, as que compõem Pocinhos.
Por volta de 1750, muitos proprietários pernambucanos vieram para a Paraíba em busca de terras devolutas. Um destes foi o tenente Dionísio Gomes Pereira, que adquiriu os sítios Camucá, São Tomé e Gravata, a quatro léguas de Campina Grande.
Ao falecer em 1764, deixou seus bens para sua esposa, que requisitou concessão da sesmaria escrito em documento:
"Bárbara Maria da Pobreza, viúva do tenente Dionísio Gomes Pereira, senhora da metade do sítio Oriá do Sertão do Cariri, onde nas testadas há um olho d'água chamado Brabo, que a suplicante povoou há três anos para melhor beneficiar seus gados, e porque se arreceie de que alguém os peça, vem requerer três léguas de terras, pegando o dito olho d'água e caminhado para o poente, fazendo do comprimento largura e da largura comprimento, como melhor conta lhe fazer, cuja terra se lhe pode dar por se achar devoluta", onde foi atendida pelo Governador da Capitania Jerônimo José Melo Castro em 23 de abril de 1765.
Em 1790, José Ayres Pereira, filho de Bárbara Maria da Pobreza e do tenente Dionísio Gomes Pereira, ao se estabeleceu no Olho d'água do Bravo, fundou o que viria a ser o núcleo que daria origem a Pocinhos.
Com o crescimento do povoado e das rotas comerciais, houve a necessidades de se construir uma capela para que o povoado pudesse ser reconhecido oficialmente.
Assim, em 1815, José Ayres Pereira, solicita á Diocese de Olinda, autorização para construir uma capela em sua propriedade, antes denominada de Olho D'água passando a se chamar "Pocinhos".
Em 30 de setembro de 1874, Pocinhos foi elevada a Distrito através do decreto Lei Provincial nº 569, e em 07 de agosto de 1908, foi criada a Paróquia de Pocinhos, desmembrada de Campina Grande.
Em 02 de março de 1938, Pocinhos foi elevada á categoria de Vila, através do decreto Lei Federal nº 311, e no 10 de dezembro de 1953 foi aprovada a lei para sua emancipação, tornando-a cidade.